“A inteligência artificial é melhor que os humanos nas tarefas básicas”. Será mesmo? A pesquisadora Melanie Mitchell, do Santa Fe Institute, nos Estados Unidos, discorda dessa afirmação que foi publicada em um estudo da revista Nature em meados de abril. Segundo o estudo, inteligências artificiais como o Chat GPT “já são tão boas ou melhores que humanos na performance de tarefas que incluem interpretação de texto, classificação de imagens e matemática avançada”.
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Para Melanie, o perigo está na compreensão do que são as “tarefas básicas” do estudo, que entende que as IAs estão nos ultrapassando, na verdade, nos parâmetros estabelecidos para estas tarefas neste estudo. Ou seja, em um determinado padrão estabelecido para o entendimento do que são as atividades a serem executadas pela IA, e em que ponto elas são consideradas melhores que um ser humano para isso.
“As IAs ultrapassarem seres humanos nos parâmetros de tarefas básicas que são nomeados como uma tarefa não é o mesmo que IAs ultrapassando seres humanos nas tarefas em si”. Por exemplo, só porque um parâmetro foi nomeado na pesquisa como “interpretação de texto”, não significa que a IA seja testada em interpretação de texto como nós seres humanos (e também que seja melhor nisso). Melanie explica com mais detalhes neste texto publicado na sua newsletter.